quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Burn, motherfucker...

Eu to com um poema preso na garganta, e não consigo cuspir... É incrível, mas as coisas mais violentas e porcas e duras que eu tenho pra dizer saem melhor em versos... Mas dessa vez é tão tão tão absurdo que não tá funcionando... Aliás, não acredito que seja pior que das outras vezes, mas agora mexeu num ponto sensível demais pra mim.
Fato: algumas pessoas SÃO MELHORES QUE OUTRAS. O que determina isso não é a cor da pele, a naturalidade, a orientação sexual, escolaridade ou classe social, ou o que se ouve ou o que se come... É outra coisa...

DEUS NÃO EXISTE

Enfia teu carro na parede.
Mata, mata você e mata todo mundo
Mata Tudo que te incomoda
Tudo que aparece no teu caminho e você não sabe lidar
Cala a minha boca
Espanca, quando ela não te divertir mais
Você se sente melhor assim?

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Garotas, Natal e comprimidinhos...

Much better than you could know...
Acho que nem tenho tantas coisas pra dizer...
Pra começar... Comentário justo sobre o natal... Não foi uma bosta, não foi ruim como eu pensei, não deu nenhuma merda, não teve barraco nem nada assim e eu até me diverti bastante na medida do possível... Todo mundo se comportou muito direitinho, todo mundo muito fofo, tudo bem, muito bem, tudo... Ok, ironia a parte, fato: foi muito melhor do que eu esperava. Mas acho que já disse isso. Só fiquei puta porque eu sou uma escorpiana maldita e mesquinha e filha-da-puta e meu chinelinho novo estragou...
Me apeguei muito mais à Patti. A Patti, naturalmente, é uma das bonitinhas da semana. Mas, obviamente, a #1 é minha neni. 
Minha neni fez niver essa semana, agora falta um pouco menos de merdinhas legais pra eu poder desposá-la oficialmente... Eu, como ela [coloquei dessa forma só pra...], também não gosto de aniversário nem de natal. Mas acho que esse ano foi realmente uma coisa interessante... Porque eu fiquei feliz que ela tenha feito aniversário, e acho que foi legal pra ela... As pessoas todas sendo simpáticas e tudo... 
E ela sozinha é muito melhor
que muita gente por aí...
A Patti... Ela apareceu bem bem bem por acaso na minha vida... Chegou tímida e pensei que ficaria depressiva, afinal, nessa casa, não seria incomum... Tomou banhozinho, ficou "adequada"... Mas mantivemos o cheirinho de cachorro... E quando eu menos esperava, a fia da puta me amava e eu a amava e ela fazia festinha quando eu chegava e agora ela está deitada quentinha encolhidinha no meu colo, me atrapalhando a digitar e me fazendo putamente feliz... Falei pra Carol  sobre esse amor, assim... que dói, sabe? Dói mas não é ruim... É uma coisa estranha... Eu já senti antes? Não me lembro... O Du era outra vibe... Éramos crianças, ele e eu e tudo... Acho que estou mais depressiva que a média... E tenho a ligeira impressão de que não estou falando coisa com coisa... Acontece que a Patti me atropelou porque ela já chegou logo me amando, de verdade, nem liga se eu sou preta, lésbica, pobre, podre, cansada e ranzinza, se eu penteei o cabelo e passei desodorante ou não... Também não liga pra quem é que ganhou a competição pelo nome... atende a todos. E ainda a chamam de "animal irracional"... Ha ha ha ha! Quanto despeito!
Natal acabou e apesar de ter ficado bem felizinha, ainda estamos naquela fase de trevas na minha vidinha... A famosa semana entre o natal e o ano novo e a primeira semana do ano, que são as semanas que eu mais odeio, que mais me deprimem e que menos sentido fazem pra mim...
Dia desses estive questionando meu ceticismo... Fato: sou cética por covardia e preguiça existencial-filosófica-religiosa-acadêmica-argumentativa... Não vou me gastar pensando em merdas espiritualistas quando tenho tanta coisa "real" pra cuidar... Dia desses me peguei fazendo mapa astral e pensando "que bosta, Caio, nunca vou te ver", exatamente igualzinho a ela... E pensando no quanto aquela merda faz sentido e não faz, e tentando achar explicações céticas racionais que não estão contidas na MINHA experiência mas ainda assim soam menos ridículas que as que eu pude encontrar sozinha... To pensando se eu não preciso rever a coisa toda... Onde eu acho essas coisas que são importante e tal... Muuuuuuuita preguiça, muita muita preguiça...
Enfim, vou indo... Sem opções...
PREGUIÇA

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Mais um post de bosta sobre a bosta do natal... Tô de saco cheio, sério mesmo... Mas isso não é novidade. A novidade é que a porra da minha fluoxetina vai acabar bem no sábado e eu não consegui comprar mais hoje porque a cabaça da psiquiatra rasurou a receita. Como se não bastassem as bostas circunstanciais, eu ainda vou ter que me preocupar com a porra da crise de abstinência dessa merda que eu nem devia mais estar tomando... E além do fator psicológico, porque eu vou surtar só de pensar que eu posso surtar, tem a merda de essa merda ser QUÍMICA... Química e eu to fudida, porque vai acabar e vai foder tudo... Odeio quando uma data não é especial pra mim, mas todo mundo diz ser especial, então eu fico esperando que seja especial e é frequentemente uma grandecíssima bosta e nada de especial e eu fico pensando "por que será que tudo dá sempre errado?" mas no fim, não dá nada errado, é que a bosta é que é o certo...  O bom é que é surpreendente... Essa merda dessa coisa toda de fim de ano me deprime, sempre me deprimiu e me deprime mais a cada ano... Eu achei que tivesse deixado de ser aquela bostinha reclamona e auto-mutiladora-mutilante-mutilável-pseudo-suicida, mas afinal... "De que adianta cobrir com uma calda bem bonita e brilhante se por dentro é tudo podre?"
Fato é que eu nem sei o que eu quero... Quase um ano sem ver a Gi... Saudade, cara... Bom, vou parar de reclaamr... Já que eu não vou fazer merda nenhuma pra melhorar e vou me deixar chafurdar na merda e vou ainda ficar assistindo, pelo menos que não reclame.

Feliz Natal!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Fuckitall

Coloque um desenho no seu avatar
 do orkut para reduzir a
violência contra as crianças...
Acho um saco essa merda de ficar levantando bandeira... Tipo "eu acho preconceito uma bosta! mas se meu filho for gay eu mato na porrada"... Coisa que eu mais odeio é aquela gente que "odeia maus-tratos a animais" mas adora um churrasco... Ou aquelas gentes que acham um absurdo pedofilia, pensam que só isso é violência contra criança, mas grita com o filho, bate, negligencia, trata o guri do farol como se ele fosse lixo...
To meio na bad... Foda-se... Penso tudo isso mesmo, com a diferença que em outro dia eu diria com eufemismos... Eu quero ter um filho, mas to com medo... Quero uma casa, mas ta difícil... Que saco! Ainda bate a misantropia e o #CretinFamilyFeelings...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Deus te abençõe.

My heart... 
Nunca entendi exatamente o que as pessoas querem dizer com essa frase. Só sei é que sempre me senti muito bem quando alguém me diz isso. Óbvio, não acredito em deus, mas acontece que, quando alguém me diz isso, eu sempre penso "das duas uma: ou a pessoa gostou muito de mim e deseja que eu seja abençoada por seu deus, ou essa pessoa é muito boazinha e deseja que todo mundo seja abençoado", e esse é um pensamento que me conforta. Hoje eu me senti realmente muito estranha e não sei quando nem como isso começou. Era uma coisa realmente muito estranha... Eu tava mau humorada, ouvindo merda e lembrando da minha mãe sempre dizendo "é melhor ouvir merda que ser surd@", frase com a qual serei obrigada a não concordar, hoje... Porque eu odeio TODO TIPO de generalização, e amo uma hipérbole e uma ironiazinha... Também amo ser bem tratada e ver gentileza rolando solta por aí, desde que não seja pra cima da minha mulher... O lance é que talvez eu tenha acumulado muita coisa... Pessoas sendo escrotas comigo constantemente... E eu tento me manter fiel aos meus princípios de não-violência, coerência, não vingança, não perder a razão e agir sempre com a cabeça antes de meter um taco de baseball no rabo do filho da puta que vem se crescer pra cima de mim... Mas isso me faz me sentir uma merda... Por exemplo, eu sei que se eu tivesse dito à Lolinha que enfiasse seu feminismo, sua arrogância e sua persecutoriedade e bitolação no meio do cu, eu teria me sentido mal, teria perdido a razão, mas teria me sentido bem, e teria também me sentido culpada... Também sei que se eu tivesse cuspido na cara daquele motorista filho da puta e estrangulado o sujeito com o cordão do meu crachá, eu teria me sentido mais aliviada, mas depois... e depois?? Hoje o motorista, SEMPRE o puto do motorista, dizia que os jovens hoje em dia não têm educação porque suas mães não dão. Eu nem queria argumentar. Só queria dizer "cale a boca e vá se foder"... Eu queria ser menos boazinha, fato. Queria parar de me culpar pelas merdas do mundo, queria parar de me agredir em retaliação às coisas que me fogem ao controle...
Estranho é que hoje, quando eu estava fazendo coisas boas, construtivas, agradáveis, foi quando eu me senti pior e com mais vontade de chorar e morrer e gritar que sumisse da minha frente, que fosse bem feliz, longe de mim, meu senhor, e que apesar do seu perfume bom, eu ainda sinto aquela vontade de vomitar, meu senhor... E não me venha nenhum maldito psicanalista dizer que eu sinto isso porque sou hipócrita e fico reprimindo minha agressividade. De fato, acredito que estejamos entupidos de agressividade, a velha ultraviolência, meu caro, mas temos outras formas mais humanas e civilizadas de exteriorizá-la, como a ironia, por exemplo.
A questão é que me esgotei. Me esgotei de tentar tornar essa bosta desse mundo um lugar melhor pra se "viver"... Queria ser fria, cruel, grosseira, violenta, egoísta... Muito mais do que as pessoas pensam que eu sou, talvez menos ainda do que o que eu seja de verdade. Enjoei do mundo, da vida, de dizer que a felicidade está no caminho, e não no fim, que você pode morrer sem nunca nem ter chegado perto. Cansei de dizer "tudo bem, não tem problema", porque realmente não vejo problema e os problemas serem cuspidos na minha cara, ainda maiores, porque não são problemas pra mim. Cansei de ser igual, cansei de ser diferente, cansei de gente apelando, cansei da crueza e do circo, cansei de pensar, cansei da desgraça e da delícia de ter podido escolher ser eu mesma. Cansei de procurar em que me mirar e está tão difícil de encontrar, baby, de encontrar você onde eu estou quando você não está...
Cansei da poesia pela metade, política pela metade, depressão e entrega pela metade, ideais pela metade, salários pela metade, preguiça e esforço, na metade. Desistir na metade e nunca parar. A outra metade é e não está.

Amanhã estarei de volta. Com os mesmos ideais cor de rosa, a mesma voz suave e olhar terno, o mesmo ânimo, contagiante, o mesmo desespero estético-existencial.

sábado, 6 de novembro de 2010

Black Jack, Tia Kim!



Mas que beleza!!! Acordar mais um dia, olhar para o céu (nublado, merda!), e pensar "nem acredito, é hoje!"... Porque quando eu tinha seis, sete, doze... eu começava a contagem regressiva  desde setembro... Depois dos 15, eu ainda ficava ansiosa pra saber se as pessoas iam lembrar... Ficava feliz por lembrarem, e ficava chateada se alguém importante não me ligasse nem nada assim... Mas esse ano... bateu uma deprê quando eu me dei conta de que tava tão perto... comecei a perguntar pelos presentes, porque presente é sempre legal, né? Aí eu acordei hoje... My sis ia viajar, mas nem rolou... fiquei muito tempo sozinha, apática, infeliz, desmotivada... Consegui sair super tarde, me diverti muito fazendo merda, dei chiliques homéricos desnecessariamente (e quando é que um chilique é necessário??), criei climas tensos, mandei mensagem desesperada pra Lívia... quanta merda! Eu pirei com essa coisa de ter 21... mas o que mais me pirou foi ter sacado que eu sou adulta, que eu nunca mais vou ser como antes e que é difícil não ser como antes... Lembro de quando eu chegava da escola, comia, dormia, lavava uma loucinha, ia na biblioteca, tinha uns amiguinhos... depois entrei na ETESP, vivia uma vidinha bem mais ou menos, era bem infeliz mas me esforçava para ser melhor... Hoje eu sou melhor e me sinto tão "e daí?" quanto a isso... Eu to sendo ingrata, eu sei... preciso urgentemente de terapia... Acho que doeu também aquele lance de não ser mais um dia especial... a merda de sempre, todo mundo pouco se fodendo... ahahahahahahaha!!! Ah, nem sei... Eu não to triste... eu to... esquisita... Acho que eu não quero mais falar...
E eu sei que ninguém vai ler, mas um MUUUUUUITO OBRIGADA a todos que tentaram fazer o dia um pouco melhorzin!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Foda-se o eu-lírico!

É isso. Foda-se o eu-lírico. Não vou separar o que é "eu" e o que é "lírico". Eu sou eu e sou lírica.

domingo, 10 de outubro de 2010

Suck my dick, kluxer son of a bitch!

O dia começou bem, muito bem, na verdade... Eu bem tinha dito que fácil, fácil, entraria pro Top 5 Melhores Dias da Minha Vida, com o passar do tempo e a cada algodão doce que eu ganhava, subia uma posição no ranking... Eu fiz picnic de comida saudável, foi ótimo. Li Caio, junto com ela, e fiz uma série de babaquices românticas e divertidas... Aí eu resolvi entrar numa bosta de uma farmácia porque eu, infelizmente, sou consumista e tenho uma quedinha por farmácias... Aí eu estava de mãos dadas com a minha mulhé, dei um selinho nela, aí o imbecil do balconista, kluxer malcomido, começou a dar chilique, gritando "Aqui não! Isso é uma farmácia!" e eu pensando "E daí?"... Educadamente, eu disse "Não faça isso, isso é crime, se eu for na delegacia vai pegar pro seu lado", quando ele chamou o segurança... Pra duas garotinhas!!! E o que eu fiz? N-A-D-A! Nada além de gritar "babaca!", mas acho que ele nem se ofendeu... Desgraça pouca é bobagem... Cheguei em casa e fui contar pra mommy... Que disse que vai lá falar com ele e levar um gravador... Aí BG me disse "Nossa, que legal!"... Mas nem me animei com isso, porque semana passada era ela mesmo que tava me dizendo o quanto é anormal ser homossexual... Vai falar o que??? Não entendo... Aí BG disse "O negócio é ignorar essa gente mente fechada" ou abrir a mente desses nazistas na paulada. ^^
Nem sei mais o que eu tenho a dizer...

Creepy Kim diz (22:51):
*young man
Creepy Kim diz (22:52):
*theres no need to feel down
*_o_ \o/ _o_
*its fun to stay at the YMCA
*_o_ \o/
*~o~
   Carol diz (22:53):
*1kkk
*Eu curto sentir lá embaixo. 
*1kkk
Creepy Kim diz (22:53):
*1kkk
*amor, isso é se sentir deprimido
*1kkk
   Carol diz (22:53):
*1kkk
   Carol diz (22:53):
*Deprimido o caralho 
   Carol diz (22:53):
*Quando eu sinto lá embaixo 
Creepy Kim diz (22:53):
*aviso: isso vai pro blog
   Carol diz (22:53):
*Sempre fico feliz.
*1kkk
Creepy Kim diz (22:53):
*1kkk
Carol diz (22:54):
*Por que ir pro blog? 
Creepy Kim diz (22:54):
*pq foi lindo
*ahahahahhahhahahaha

"Você é capaz de me amar, ainda que eu não seja exatamente o que você quer?"



domingo, 26 de setembro de 2010

   Carol diz (22:52):
*Pessoas
*Vamos ajudar a Carol?
   Carol diz (22:53):
*Sabe, eu poderia estar robando, matando ou me prostítuindo
*Ou pior, eu poderia estar ouvindo Cine....
*Mas estou aqui pedindo pro cêis me ajudarem a achar 3 características da escrita da Lygia Fagundes Telles
*Para eu terminar meu trabalho de portguês
   Carol diz (22:54):
*Então, zenty, me ajudem? lindooo
Santo suco de vaca Batman!!! diz (22:54):
*lygia fagundes telles??
nem conheço
   Carol diz (22:54):
*É uma bestona que só escreve coisa chata.
Santo suco de vaca Batman!!! diz (22:55):
*olha só, ja conhecemos 2 caracteristicas, falta 1

#Great!

Such a perfect day...

Que coisa... Depois de 3 séculos sem postar, só me inspirei pra escrever essa bosta... Feeling loser... Não consegui fazer um trabalho relativamente simples que pra mim parece incrivelmente difícil... A bosta do meu teclado está com problema nas teclas C, O e R, e agora? Odeio esse teclado! Odeio essa vida! Ahahahahahhaha!
Queria ter visto a mulhé, mas não rolou... comofas?
Nhaa, não quero mais falar... Toda a poesia se foi... Morreu.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Toca Rauuuuuuul!


Hoje eu tava ouvindo um CD velhão, pirata, claro, de nome "As 25 mais Raul Seixas"... E eu comecei simplesmente empolgada, cantando junto... Depois eu comecei a pensar que ele era um puta de um bêbado que devia bater na mulher e nos filhos. Depois eu comecei a prestar atenção nas letras, na melodia... E o cara é simplesmente um gênio. Claro, eu acho meio arrogante da minha parte escrever um post pra dizer o que todo mundo já sabe há séculos. Mas a MINHA descoberta foi uma coisa bonitinha... Foi como quando você conhece seu pai aos 12 anos, sendo que só tinha ouvido falar dele (coisas controversas, claro), e de repente você descobre que o véi é um puta de um cara legal e parecido com você. Pelo que ue pude perceber, a partir da análise psico-filosófica das letras, ele era meio depressivo, mas não daquele depressivo que se mata, pelo menos não ativamente. Era bem a cara dele encher o rabo de cachaça e outras dorgas, mano. Ele parecia bem vazio, insatisfeito, sempre sempre procurando coisas novas e mais interessantes que a vida real... Quero dizer, a "vida real", a "vida" "real"... Ele queria curtir o amor livre, mas sei lá, parece que não rolou... Ele gostava de ser diferente e de quebrar padrões, e caralho, era ISSO! o que ele fazia! Eu fiquei ainda mais revoltada com esses bostas de hoje em dia que se acham músicos... Apesar de, é claro, ter muita coisa que me fazia pensar que ele bem queria ser como todo mundo... Por exemplo, a briga com deus... Esse lance meio panteísta de Gita e aquela coisa sobre Aleister Crowley... Obviamente, ele era muito inteligente. Muito inteligente, ouviram, seus bostinhas? Mas enfim, chega de babar no tio Raul. Hoje eu não vou colocar musiquinha porque eu não consegui escolher uma só dentre tantas perfeitas... Mas se você tiver lendo e me amar um pouquinho,

TOCA RAUUUUL!!!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O Tédio nosso de cada dia.

Acho que eu já devo ter começado um ou mais posts com esse título. Foda-se. Aliás, como eu tenho dito "Foda-se!" ultimamente... E consequentemente, as pessoas dizem muito mais "Não fala isso!" do que a média. Foda-se. Vou continuar falando. To adquirindo gosto por [carne humana] ser mal educada.
Bom, eu fiz uma queimadura na barriga... Minha barriga tinha a pele perfeita. E eu fiz uma BOXTA de uma queimadura fritando ovo. "Isso nunca aconteceu comigo", juro. Nunca tinha me machucado assim tão severamente cozinhando... E agora ta soltando a pele. Antes tava ok, porque eu super enchia a pereba de Bepantol, e ficava tudo bem. Mas agora a merda da pele resolveu sair. E ta super doendo pra caramba.
O We, meu passarinho, e sim, ele é meu sim, está melhorzin de saúde. Graças a deus.
Então, eu estava num mau humor do cão. Não sei por que. Eu queria matar e morrer e tudo. O lance é que eu não sabia como agir, fiquei como uma "barata tonta existencial"... Mas já estou melhor.
Minha irmã disse "Eu tenho medo dos barulhos que você faz com a boca", porque, como todos os meus fãs sabem [rashay], eu faço muitos barulhos estranhos com a boca, nas mais diversas situações. Aí eu fiz a piada infame do século. Eu ia repeti-la aqui, mas acho mais seguro manter as coisas como estão.
Me sinto muito mal por não poder ficar online tanto tempo quanto eu gostaria. Me sinto muito mal, também, por ter "sentimentos" tão volúveis.
Aaaah, nem to mais com vontade de falar. Queria saber desenhar. Ta cada dia mais difícil encontrar imagens pros meus posts...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Parque dos Dinossauros

Olha só, tem spoiler. Mas PORRA, o negócio foi publicado em 1991, eu devia ter vergonha de chamar isso de "spoiler". Ahahahahaha!


O negócio é o seguinte: sempre que tem um livro e um filme sobre este mesmo livro, antes de Jurassic Park, 100% das vezes eu preferia o livro. Mas muitos fatores me levaram a preferir o filme, nesse caso.
Acho que tem aquela nostalgia da infância feliz e tal. Esse filme é o filme da minha vida! Sem falar que os personagens do filme são fofos, sensacionais, apaixonantes. O Ian Malcolm era uma espécie de deus antes de eu ler o livro. O Malcolm do livro é simplista (e eu tenho paúra de gente que simplifica tudo ao extremo.) Porra, eu faço psicologia, eu piro nesse lance de subjetividade e tal... O Malcolm do livro simplesmente "previu" qualquer coisa que pudesse dar errado baseado APENASmente na Teoria do Caos. Que, a propósito, é uma puta de uma teoria fodona, que no livro faz muito mais sentido que em qualquer outro lugar em que já a vi citada. O Ian do filme é arrogante, presunçoso, e você acaba nem ligando quando ele morre, no final.
O Hammond... Poxa vida, o que você pensa quando pensa no velho John Hammond? Ele era bem vozão, bem fofo, bem simpático, bem sonhador. O Hammond do livro é um velho mentiroso, salafrário, filho da puta, arrogante, burro, putamente burro... Ele vê o fucking acontecendo e atribui TODA a culpa a quem até mesmo já morreu... E bem feito, seu filho da puta. Morreu, comido por compys, sem nada de glamour...
A Lex e o Tim eram meus amores... Mas olha... A Lex do livro é MAIS NOVA que o Tim... Oo Onde já se viu??? E ela é extremamente chata, mimada, eu quero sorvete, eu quero agora, eu quero eu quero eu quero! Aff... O Tim pelo menos é engraçadin... Quer dizer, não tem nada demais nele. Aliás, ele até parece meio superdotado, o que tira dele todo o brilho de criança engraçadinha...
O Dr. Grant e a Dra. Sattler são tão desnecessários que... puta merda!
Mas de modo geral, o livro é muuuuuuuito bom, é bem daquele tipo de livro que você sabe EXATAMENTE tudo o que vai acontecer (pelo menos você PENSA que sabe) mas mesmo assim, não consegue desgrudar.
Mas eu ainda prefiro o filme. =P

Agora super morram de inveja: olha o que eu tenho!!! =P
Ouve até o fim que vale a pena! *-*

domingo, 18 de julho de 2010

NÃONÃONÃONÃO [2]


É incrível a ideia que eu tenho de coisas geralmente muito bem vistas, como família, religião, lar (odeio muito essa palavra), amigos... Bom, acho que estou generalizando. Enfim, eu tava super bem, completamente ok, daí eu cheguei em casa. Senhora X estava com uma cara que só de olhar eu já fico ansiosa e deprimida. Aí eu vi o Senhor X. Senhor X é sinal de choque. Always. Senhor X deprime a mim e à Senhora X, e a depressão da Senhora X me deprime, também. E a minha presença irrita de tal forma o Senhor X que eu sinto vontade de morrer só por ouvir sua respiração pesada. O mais foda, guys, é que eu não to mesmo fazendo drama. A coisa é punk. Me lembro daquela frase que talvez tenha sido Nietzsche quem escreveu, que a Jolie tem tatuada em algum lugar... "Quod me nutrit me destruit", e eu nunca vi uma coisa se encaixar tão bem como essa frase na minha vida. Tem até aquele lance de ele comprar minha comida e tudo. É literal, a coisa. Tenso. 
Ontem eu fui num casamento. Eu quero muito me casar, mas porra, a igreja... ou melhor, a Igreja é tão patética... Daí vem os bastardos com a ideia da reforma protestante, poxa, que legal (Y), mas aí vira essa bosta pior que a santa madre... Tenha dó... Odeio todas as baboseiras que dizem, aquele bando de merda hipócrita que ficam dizendo, fazendo dizer, e sempre passando essa merda adiante... No meu casamento, vai ter alguém lá fazendo firula, sim, porque senão não ia ter muita cara de casamento. Mas pensando bem, vou chamar um filósofo. De preferência, um ateísta, que não seja pessimista, alguém que possa falar coisas bonitas sobre o amor, a união, nossa posição na sociedade e algo mais útil e interessante. Tava pensando... Se o casamento é assim tão sagrado, porque Jesus não casou? Aquele lance de serem os dois uma só carne... Brincadeira, né?
To sentindo falta de me sentir amada... Só a @carol_blues não pode me amar por tudo o que o mundo não ama. Se não fosse meu anjinho, que seria de mim, agora? Quero morrer, um pouco. Ansiosa pra começar a trabalhar, pra receber um salário, pra cobrir minha conta, receber o segundo salário, fazer tatuagens novas e meu piercing no mamilo... 
Ansiedade extrema. Ontem me ocorreu... Será que essas férias da Lívia não foram uma espécie de teste pré-alta? Pra ver como eu fico sem ela e tal? Será? Não sei se ela faria uma coisa dessa sem me dizer. Não quero pensar sobre nisso. Essa semana ela volta. 
Eu não sei mais o que dizer. Eu disse no twitter que eu to com saudade das minhas giletes. E, meu, não é isso. Eu to com saudade de aliviar minha ansiedade. Mas agora... Gilete não resolve mais. Eu vou ter que esperar. Me ajuda muito lembrar das fucking aulas de psicopatologia e algumas de AFCH, nas quais os professores sempre diziam que ansiedade sobre até um nível máximo e depois começa a baixar, independentemente do que eu faça. Já disse isso pras pessoas, a fim de tranquilizá-las... Vale dizer agora pra mim mesma. Foda que eu sei que isso é verdade, mas dói esperar.
Cansei de dar tiros na água. Adoro essa expressão.
É estranho como o amor ainda está pareado com dor. Acho que essa é uma coisa difícil de superar.
Tava vendo as tatuagens da Angelina Jolie, e são todas pretas, como as minhas; símbolos, como as minhas; de cadeieiro, como as minhas. Mas as dela são foda. As minhas são podres.

Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love Fuck Love

sexta-feira, 16 de julho de 2010

NoLoSe

Estou com vontade de postar, mas sem a mínima inspiração. Nem sei porque gasto uma atualização, a paciência das pessoas, com esse post absolutamente inútil. Enfim, foda-se, o blog é meu.
Mas vamos lá.
Amanhã eu faço três meses de namoro. \o/
Quarta-feira eu começo a trabalhar.
E a vida acontece.


quarta-feira, 14 de julho de 2010

NÃONÃONÃONÃO

NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO
NÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃONÃO

Você NÃO pode ser feliz em paz.
Seus relacionamentos NÃO dão certo nunca.
Você NÃO vai nem querer vê-la daqui a um ano.
Você NÃO sabe o que diz.
Eu NÃO fiz nada de errado.
Você NÃO tem razão.
Você NÃO pode fazer isso comigo.
O que tem de errado agora? NÃO era nem pra ter começado.
EU NÃO tenho nada a ver com essa merda.
NÃO me envolva nisso.
Eu NÃO concordo.
Eu NÃO não estou contra você.
NÃO fecha a merda da porta.
Eu NÃO confio em você.
Eu NÃO sou maria-vai-com-as-outras como vocês.
NÃO tem mais jeito.



domingo, 11 de julho de 2010

Bad Romances

I want your ugly
I want your disease
I want your everything
As long as it's free
I want your love
Love, love, love I want your love

I want your drama
The touch of your hand
I want your leather-studded kiss in the sand
I want your love
Love, love, love I want your love
(Love, love, love I want your love)

You know that I want you
And you know that I need you
I want it bad, your bad romance

I want your love and
I want your revenge
You and me could write a bad romance
I want your love and
All your lover's revenge
You and me could write a bad romance

I want your horror
I want your design
'Cause you're a criminal
As long as your mine
I want your love
(Love, love, love I want your love)

I want your psycho
Your vertigo stick
Want you in my rear window
Baby your sick
I want your love
Love, love, love
I want your love
(Love, love, love I want your love)


You know that I want you
('Cause I'm a freak bitch baby!)
And you know that I need you
I want a bad, bad romance

I want your love and
I want your revenge
You and me could write a bad romance
I want your love and
All your lover's revenge
You and me could write a bad romance

Walk, walk fashion baby
Work it
Move that bitch c-razy

Walk, walk passion baby
Work it
I'm a freak bitch, baby

I want your love
And I want your revenge
I want your love
I don't wanna be friends

J'veux ton amour
Et je veux ton revanche
J'veux ton amour
I don't wanna be friends
Oh-oh-oh-oh-oooh!
I don't wanna be friends
(Caught in a bad romance)
I don't wanna be friends
Oh-oh-oh-oh-oooh!
Want your bad romance
(Caught in a bad romance)
Want your bad romance!

I want your love and


I want your revenge
You and me could write a bad romance
Oh-oh-oh-oh-oooh!
I want your love and
All your lovers' revenge
You and me could write a bad romance

***

Novamente, gostaria de pedir que você, ao ler este post, estivesse ouvindo uma música... Bem, tem todo aquele lance de criar o clima, ilustrar o que eu to dizendo e tal... Novamente, online, facinho. Bad Romance - Lady GaGa

Let's go! Hoje eu resolvi fazer outra limpa e falar de Bad Romances... Lendo a letra dessa música, coisa que eu só fui fazer hoje, eu... mentira, eu tive essa ideia antes, mas hoje tudo fez sentido quando eu li a letra.

***

Séculos depois, vamos lá... Vou tentar não identificar as pessoas. Mas se você me conhece bem, saberá sem dúvidas de quem eu tô falando.


***

Vamos lá... Meu primeiro Bad Romance foi "A"... A era uma pessoa muito legal, encantadora, divertida, hipersexualizada (ou eu deveria dizer "normal"?), me iniciou na vida de podridão... Eu achava tudo isso o máximo... Até que eu me toquei de que eu nunca tinha sido o bastante para A, e que eu não era para A o que A era pra mim. Foi minha primeira decepção amorosa, foi meu primeiro término de namoro, minha primeira semana chorando por ter "perdido" alguém. Tenho certeza praticamente absoluta - uns 99%, digamos - de que eu nunca magoei A, pelo menos nunca muito gravemente. A se divertia muito comigo, como se eu fosse um daqueles brinquedinhos bonitinhos, novinhos, engraçadinhos... Não estranho, A enjoou de mim. Ou eu me toquei de que nunca tinha sido tão interessante assim... Bom, foda-se A. Incrivelmente, eu consegui superar. Foi uma daquelas coisas de passar anos (uns 2) olhando o orkut de A e de seu novo affair, caçando qualquer coisa que me dissesse respeito (ou não), qualquer menção a mim, qualquer espécie de coisa, por mais que isso fosse me magoar. Hoje em dia, eu não sei NADA sobre a vida de A, não sinto falta, não quero saber, e incrivelmente, não lhe desejo mal.
Depois de A, veio B (Ahahahahahaha! Isso foi extremamente engraçado!). B era uma pessoa muito diferente de mim, na época. Hoje, não sei bem se isso é verdade. Quero dizer, eu já tinha depressão nessa época... 
Gentchy, acabo de me dar conta de que eu me esqueci do meu Bad Romance infantil... Ahauahuahauahau! Vamos chamar esse caso de "A-1". A-1 foi uma pessoa muito boazinha, muito fofinha, esse sim foi meu primeiro namoro, meu primeiro fim de namoro, o primeiro chifre que levei, mas - Ahá! - o primeiro chifre que coloquei... E o segundo e o terceiro e o quarto e... Ahauahauahauhauahau!! Como eu era infernal. Mas enfim, A-1 foi muito pouco Bad Romance - o foi mais no sentido de ter sido minha iniciação nas decepções amorosas do que no sentido de ter me feito mal mal mesmo. E também não acho que eu tenha sido muito má com A-1, porque até rolou um lance muito mais tarde... Enfim, voltemos a B.
B era uma pessoa "fascinante", essa é a palavra. A princípio, nem bom, nem ruim. Depois, tudo de bom. Depois, tudo de ruim. B foi minha desgraça, minha perdição. B foi a pessoa que me fez querer desistir de viver, de ter casos, de me relacionar com qualquer espécime da humanidade. B me fez brigar com uma série de pessoas, mas, por causa de B, nunca odiei mais a ninguém do que a mim mesma. B me trouxe muitos problemas, problemas de toda espécie. Muitas experiências novas, também, não quero ser injusta. Sim, é claro que fui feliz com B, afinal, ninguém é troxa de ficar com alguém que faz 100% mal. B foi o meu pior, maior, mais intenso Bad Romance. E isso porque B, em si, era uma coisa terrivel. Claro, com uns adendos da realidade dura e cruel, B se tornou muito pior. Não quero ser repetitiva. Só queria acrescentar, sobre B, que eu também lhe fui muito Bad Romance. Fiz pequenos infernos em sua vida, fiz muito drama, muitas exigências, muita coisa jogada na cara... Chegou uma hora em que eu não conseguia viver sem B. Muito mais difícil era viver COM B. Era uma coisa doentia, infame, desnecessária (?), era algo obsessivo, possessivo, mal educado, grosseiro, viver com B... Depois de muitas idas e vindas, decidi me afastar definitivamente de B. Isso, umas 10 vezes. Ahahaha! Hoje tem graça. Com B, foi a mesma putaria de ficar fuçando orkut, vendo o perfil de cada pessoa que lhe dissesse qualquer coisa, por mais inocente que fosse. Mais tarde, até que foi bom. ;) Enfim, quando penso em B, hoje em dia, sinto uma coisa estranha... Uma raiva com uma angústia e um despeito... Não sei bem... Miraculosamente, SUPEREI B!!!!! \o/\o/\o/ Agora, o que eu não superei foi B+1, pessoa desgraçada, infame, maldita, que morra e queime eternamente no inferno - nessas horas eu preferia acreditar em céu, inferno e a palhaçada toda... =/ Agora, chega de B.
Depois de B, claro que com algumas escalas... Ahahahaha! Como eu sou infernal. Depois de B, veio C. C foi um super super Good Romance, até certo momento. Não digo que a culpa seja de C. Chegou uma hora em que tudo o que eu tocava virava merda. Enfim, C foi muito legal comigo, até que eu enlouqueci. Juro pra vocês, gentchy! Enlouqueci mesmo, despiroquei... Tive um lance muito estranho com... Enfim, não é importante. C ficou sendo uma coisa que me confrontava com o que tinha de pior em mim, e eu não suportava chegar perto de C. Acabei sendo um Bad Romance tremendo na vida de C, acho que fui até um trauma e tal. Me sinto culpada quando penso em C. C, me desculpe.
(Sinto que estou ficando repetitiva)
Não necessariamente nessa ordem, veio D. D era uma pessoa que me fazia sentir mal, por melhores que fossem suas intenções. D gostou demais de mim, sem que tivesse em que se basear, o que me faz pensar que eram simples projeções, e que D não gostava "de mim", mas do que tinha "planejado" pra mim, do que esperava que eu fosse, e a realidade acabou se mostrando bem diferente. Foi triste, até. Hoje, virou uma espécie de... Desprezo mútuo. Enfim, fui muito mais Bad Romance na vida de D do que D na minha, mas acho que não criei trauma.
Então, veio E. E era uma pessoa bem do jeito que eu gostava, mas foi mais ou menos na época em que eu comecei a me irritar com gente depressiva. E era outro caso de gente que gostava demais de mim sem ter por quê. Isso é uma coisa que realmente me incomoda. E era uma ilusão boa, mas uma hora ficou sufocante. Até bem pouco tempo, eu achava que E tinha trauma de mim, até que eu percebi que E tinha trauma de todo mundo e de ninguém. E só foi Bad Romance pra mim no começo do fim. Hoje em dia, até gosto bastante de E.
F... F era uma pessoa muito legal e tudo... mas com o tempo, percebi que F era de um cinismo inacreditável, gostava de provocar, de fazer joguinhos infantis, coisa de gente besta, sabe?? Bem, não digo que F tenha sido grande trauma pra mim, nem eu para F, mas digamos que F cristalizou minha sensação de que nada nunca ia dar certo. Aliás, F foi meio que um tiro na água, não vou conseguir explicar.
Claro que com todas essas pessoas eu vivi coisas boas, mas sei lá... Alguns padrões, alguns traumas, medos, desconfianças... Vieram daí... Isso me deixa mal... E não quero saber de piadas do tipo "Pensei que ia precisar usar o alfabeto grego" ou algo que o valha. Nem é tanta gente assim... 
Ah, acho que preciso mencionar G. Não que tenha sido Bad, muito menos Romance, mas G foi uma pessoa que me influenciou muito, no sentido de me fazer perder a fé. Em compensação, G me mostrou um mundo de possibilidades, as quais eu pude experimentar e recusar. Preferi não ser como você, G. Vazio já me consumia demais pra ainda entrar nessa vida. No, thanks.
E então, HH... (Y) HH em si, não é problema, nunca foi e creio mesmo que nunca virá a ser. Mas HH veio com uma caixinha de Pandora acoplada... Ahahahaha! Nós vamos conseguir, né, HH??
Te amo muito!!!!

Juro que a ordem foi meio caótica, mas algumas coisas caíram como luvas... Ahauahauahuahaua!
Esse post foi repetitivo, cansativo, mas foi bem ilustrativo e catártico. Deus vos abençoe. Amen.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Como eu ia dizendo...

(03/Julho/2010, à noite)
Acho que me arrependi do que disse sobre a mom...
Além disso, nem de longe essa imagem salva como "expressionismo.jpg" representa o que estou sentindo.
Acho que fiquei um tanto perturbada com certas coisas... Começarei pelo que deve ser menos relevante. Quero dizer, não quero que "isso" signifique grande coisa...
Aconteceu: she said to me: "X me escreveu" (ou algo equivalente), ao que eu SIMPLESMENTE respondi: "vagabundazinha" e então she said to me "Calma, cara Oo", e algo nessa combinação de me mandar ficar calma, me chamar de cara, mandar esse emoticon "Oo" e defender a vagabundazinha em questão, denunciando meu comportamento absolutamente... não sei a palavra. Irracional, desnecessário, desproporcional (essa é boa)... Enfim, isso mexeu demais comigo, tomou uma proporção descabida e agora dói como se...
É mais complexo que isso. O lance é que: a) NINGUÉM sabe por quê um reforçador positivo perde essa sua propriedade, e b) quando um estímulo (reforçador  positivo?), pareado com estímulos neutros, é seguido por um aversivo MUUUUITO aversivo, toda a contingência se torna aversiva, e quando isso ocorre com uma certa frequência INDEPENDENTEMENTE das respostas que eu emita (vamos proteger o meu "egozinho" frágil e sem talento), quando a punição vem sem que eu tenha controle algum, sem que eu possa evitá-la (dizendo assim parece menos dramático), isso cria uma condição de desamparo aprendido. Bom, Skinner e a Lívia e todos os analistas do comportamento me desculpem se eu estiver falando merda. O lance é o seguinte: alguns estímulos adquiriram propriedade aversiva e mei oque (é exatamente isso) sinalizam punição, e acho (só acho) que às vezes a gente arranja os meios mais bizarros de fugir ou se esquivar de TODA a situação aversiva. Generalizando, acho que até o tom meloso da minha voz era uma forma de esquiva.
Algumas coisas são muito frustrantes. Eu sou incompetente? burra? limitada? preguiçosa? Na época da depressão, eu facilmente colocaria um "e" no lugar da itnerrogação, ams poxa vida, eu não sou tão má assim, talvez eu só... não tenha repertório (q como? quando? eu vou ter?) e... eu posso melhorar... Mas ainda não falo francês, e ainda não sei de onde vem a esquizofrenia e o autismo, e não sei POR QUE um reforçador positivo PERDE seu valor reforçador (o negativo também, no caso do desamparo aprendido); Humbert Humbert, independentemente da minha vontade e dos meus anseios, não existe; não nasci Lolita, e não tem mais um fio sequer de ninfescência em mim. Eu ainda estou sujeita aos produtos de contingências velhas e purulentas. E ainda não tenho uma imagem para meu post. E por mais que eu estude análise do comportamento, SAIBA e ACEITE que o comportamento de Y é produto de controle aversivo (bem como o meu), não consigo afastar a ideia de que "coitada de mim, Y é mau, não presta, não tem jeito". Acontece que não há deus para mudar os elementos das contingências, e Y também não vai mudá-los, logo, estou certa.
Novamente, gostaria de agradecer ao fucking bastard que inventou o blog (acho que dizer "caderno" seria mais adequado), com todo seu poder catártico. Audiência não punitiva, psicanálise de merda. Adicione punições às minhas postagens e ACABOU-SE o poder de catarse do blog.
Minha irmã foi dormir brava comigo porque "eu não lhe dou atenção", do que eu discordo. Naturalmente, talvez eu não lhe dê tanta atenção quanto ela solicita, mas eu me esforço para que esta reclamação não seja validada.
Me arrependo de não ter anotado certas coisas. Me arrependo de uma série de coisas que passaram desfilando, agora, mas rapidamente, por minha "mente".
Lembrei que o que me faz me sentir burra não é não saber uma COISA, mas não saber um MODO DE SABER essa coisa.
Agora me bateu um medo estranho. Lembrei do que eu fiz com uma tela esses dias, e me deu medo de, de certa forma, acabar fazendo o mesmo com a minha vida. Ficou feio, então eu rabisquei tudo e joguei em cima do guarda-roupa. E tá lá e eu não vou mexer porque eu não quero olhar para aquilo.
Estranho como, depois de certo tempo, não achei graça em mais nada.
Me esgotei. Acho que fiz umas análises boas, interessantes e coerentes. Me sinto gasta e cansada. Vou parar de escrever, tomar um leite quente (com café solúvel, a invenção do século) e violar meu luto humbertiano com Skinner.
Sem comentário final engraçadinho, 
                                       a não H. H.

***
Agora sou eu, e hoje... =)
Bom, eu menti. Não tomei leite, tomei suco de goiaba, e não li Skinner, não li nada; eu fui dormir.
Acho que ainda ficou incompleta a "análise" (arrogante, isso)... Acontece que agora eu to tentando quebrar esse pareamento dos estímulos neutros com a situação aversiva... Óbvio que isso causa uma puta de uma ansiedade, mas vai valer a pena, creio eu.
Ganhei uma aliaaaança!!! *-*
Não quero mais falar... 
Beijo beijo.

***
Acho que é a primeira vez na minha vida inteira que eu finalizo um post decentemente.

sábado, 3 de julho de 2010

Uma certa sensação...


O problema é que eu não consigo descrever exatamente. Estou me sentindo estranha... Estou extremamente... não, vamos fazer jus à sensação... estou EXTREMAMENTE agitada... Mas ao mesmo tempo, estou meio down, mas sem motivo... quer dizer, nenhum comportamento ocorre "sem motivo", mas o lance é que eu não consigo identificar o que me causa essa sensação... Também não sei dizer exatamente com quê se parece...
Mas vamos lá... Hoje eu fiz um curso (que na verdade começou ontem à noite) que foi sensacional... Agora eu entendo muito mais coisas, o que faz aumentar minha sensação de incompetência... Acho que o excesso de contato social e o fato de não ler a "mente" das pessoas, de modo que eu possa saber COM SEGURANÇA o que elas pensam de mim me causa essa ansiedade... Mas acho que é desproporcional... Quer dizer, não sei... Toma uma proporção gigantesca... Acho que é isso. Mas ainda sinto que não basta.
Enfim... Não sei se eu disse (talvez no twitter), eu achei uma loja sensacional na quinta... Uma loja que vende piercings por um realzinho... Claro, eu comprei um só porque eu sou uma moça muito controlada... Mas eu queria muito muito muito usar meu piercingzinho, então eu coloquei, e ficou grande, e então eu fui cortar com uma tesoura de tecido, óbvio que essa é uma decisão estúpida, mas muito válida na falta de uma melhor. Quer dizer, não deu certo. Então eu tentei um alicate de bijuteria, que também não deu certo. Acabou que eu estraguei todo o piercing, que ficou retorcido, sem tinta e disforme, e então eu o atirei com toda a embalagem - uma gracinha! - no lixo do quarto. Ainda está lá. Luto... Em compensação, comprei um piercingzinho super bonitinho para colocar na orelha, e esse deu certo. Queria ter comprado uma infinidade de outras coisas das quais não preciso, mas que eu queria tanto... 
Enfim, não me culpe pela intempérie de hoje... Eu sou capaz de lidar com essa estranheza, não com aquela. Mom, você me poda! (Y)
Lolita, você é uma humana até que legalzinha; Humbert, você é demais! Deus te abençoe.
supersupersupersupersuperagitadaaaaaaaa!
Não vou parar, óbvio... Mas aqui não dá mais. Vou indo. Vou ver se arranjo um jeito de aprender francês sozinha... Preciso de frasezinhas de efeito - em francês.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Frasezinhas bonitinhas *.*




“Foi como numa poesia. Corpos entrelaçados, almas entrelaçadas e suspiros de amores loucos. Amor, é bem essa a palavra, não é somente o sufixo mas sim o sentimento que é entrelaçado junto com a alma e os corpos, naquele momento que a paixão fora controlada pelo incontrolável de sermos simplesmente nós, sós, para todo o sempre.”
“Acho que finalmente aprendi o que é o amor. Eu que sempre corri dentre as platônicas e o desejo pelo impossível e destruidor, pelas maldades e pelas dores agora sei como é bela figura da felicidade. Sei como é poder sentir todas as sensações do mundo em um beijo, em uma carícia e em um olhar. Sei como é amar sem medo, o medo, aquele que sempre correu junto comigo você conseguiu arrancá-lo de mim e trocá-lo por essa coisa magnífica que você me trouxe, seu amor.”
“Eu te amo com tanta intensidade que me perco. Me perco nos motivos, me perco no teu sorriso, nas tuas entrâncias no nosso amor. Sou como viajante, meu querer é poder desvendar cada canto dessa tua mente encantadora. Para isso posso levar todo o tempo do mundo, sou paciente, posso esperar para poder ter certeza que conheço como a mim cada vírgula tua.”


“Quando é você
  Tudo tem sentido;
  Tudo tem amor;
  Tudo tem desejo;
  Tudo tem beleza;
  Nada tem maldade;
  Tudo tem minha felicidade.”

sábado, 26 de junho de 2010

O Sêmen e a Célula Expelida...

São os piores versos que já escrevi... Por isso, transformei em prosa... =)

"Você pensa que foi feito de amor, mas era só esperma e uma célula expulsa... Você pensa que é único e insubstituível, mas, é uma pena, todos nós pensamos assim... Eu também queria ser especial...

Você sabe onde dói?
Você sabe onde dói?
Você sabe onde dói?" 

Me sentindo extremamente estúpida...
Acho que voltei a ter Ansiedade Generalizada... Tô extremamente carente e quase depressiva... Anomalias anatômicas mexem comigo... se elas estão em mim e tal...
Lado bom da vida: hoje eu achei umas coisas que eu escrevi aos 12, 14 anos, e caralho, como eu era genial! Tava lendo meu Formspring, também, e eu era bem engraçadinha... Talvez daqui uns 5 anos eu goste mais de mim... Quer dizer, não sei explicar, porque eu até gosto bastante de mim hoje em dia, mas sei lá, as coisas boas já não me impressionam tanto... Crisezinha existencial... Pouco criativo, isso, pra um sábado à noite, sozinha no quarto, no MSN, escutando metalzinho deprê...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Aceitação Condicional

Bah, como estou psicologizada!
Mas enfim, isso é Rogers, e Rogers é o cara.
Aceitação condicional é aquela coisa assim "Se você não ficar bem bonzinho eu não vou mais gostar de você"... talvez não seja assim tão explícito... Mas o lance é que é tão tentador fazer isso... Gente, é muito difícil "amar", assim, amar, só, sabe? Sem ficar exigindo e manipulando em troca de amor...
E isso é bem o tipo de coisa que NÃO TEM GRAÇA!

Bem vinda!!

Bahzinha, Bahzinha!!
Lendo meu blog!! *-*
Amo você!

O lance é o seguinte...

Pressinto que muita coisa por aqui vai começar a começar com "mano" ou "cara" ou "o lance é o seguinte"... Enfim...
Eu penso que melhorei muito. FATO. Estou na porra da fase de enfrentamento e tal, aceito meu lado ruim, blablablá... Mas talvez eu esteja mais insegura do que no resto do tempo... Porque agora eu acho que tudo que eu falo vão achar idiota, e que vão querer se afastar de mim e blablablá... Mas o lance é que ao longo da minha vida, de fato me acharam idiota e quiseram se afastar de mim mais do que o suportável, mais do que o limite pra um ego integrado e tal... Estou psicanalista demais...
Tenho pensado que esse tempo todo que eu estudei Psicologia foi... não digo em vão... mas é como uma espécie de fetichismo, caro, por sinal...
Eu tenho aquela necessidade maldita de ser aceita... Acho que é humano, isso... Mas pra variar eu tenho a impressão de que comigo é extremo... Porque debaixo da nossa pele blablablá...
Enfim, acho que estou confusa...

domingo, 20 de junho de 2010

Insônia com Insight

"A vida nova é boa quase sempre".
Pra começar, ao ler esse post, eu prefiro que você esteja ouvindo "Dancing with myself", do ungido Billy Idol. Não é uma obrigação, mas a leitura vai ficar mais agradável e contextualizada. Para isso, clique AQUI, é online e tal, facílimo. Vamos lá.

***

01:06
Estava arrumando a porra do meu guarda-roupa e achei uns cadernos antigos e cartas que nunca enviei... Puxa vida, como eu escrevia bonito! Curioso é que eu ainda lembro das datas e dos fatos. Queria tanto compartilhar com ela... É como se, lendo todas aquelas coisas íntimas, bonitas e infantis, eu ficasse mais entranhada nela e ela em mim.
Hoje eu tô de um jeito muito diferente do que sempre imaginei.Estou 66,6% mais feliz que naquela época. Gente, eu era muito depressiva, mas muito mesmo! Pelos textos, eu descobri quando virei vegetariana (foi em julho de 2008), descobri quando rompi com o Geovani - a propósito, ele me deletou do orkut de novo, e eu só percebi hoje... #Lixa... Ahahaha! Descobri quando terminei com o Oliver e descobri que a merda toda era de verdade, não era só uma mentira que eu tinha contado a mim mesma para me sentir melhor. Infelizmente, nos meus escritos, havia muita coisa sobre a inominável. Ahahaha! É engraçado tratá-la assim depois de tudo o que ela já significou pra mim. Também deu pra ter uma ideia de quando comecei a me cortar.
Gosto de estar recuperando o prazer de um caderno velho cheio de orelhas e uma lapiseira fodida. A parte ruim é que eu vou ter que digitar tudo depois, uma vez que sou exibicionista e preciso publicar meus textos.
Acabo de me lembrar de um dia, nesta semana ou na outra, em que eu e ela estávamos vendo umas fotos no computador, e ela me disse "você é bonita". Eu respondi "é, também to achando". O interessante é que eu estava falando super sério. Lendo essas coisas... é estranho. Mudei demais, mas continuo sendo eu. Bem menos confusa e mais satisfeita. Só tem uma coisa que me incomoda: não consigo deixar de pensar no quanto o mundo é ruim e as pessoas, sacanas. O que eu era era produto de uma sociedade doente... Eu era só um resultado, um resultado brilhante e esperado, da merda toda. E eu consegui. Caralho! Eu consegui. Acho que, até hoje, eu já sabia que estava melhor, mas não tinha me dado conta do abismo que separa o que sou hoje do que eu era há um, dois anos. E, porra, quando a merda toda começou, eu era uma criança. Uma criança! Muito medo de que elas possam ser como eu era...
Bom, acho que era isso. Vou tomar minha fluoxetinazinha e ficar rolando na cama, porque eu fiz a cagada de dormir à tarde.
Mudei de ideia. Resolvi voltar e fazer umas comparações felizes, e outras infelizes.
Pra começar, naquela época, "ideia" tinha acento. Isso é uma coisa que... Não digo que eu fosse mais feliz pro isso, mas poxa vida, é bem o tipo de coisa que não precisava ter mudado...
O meu cabelo melhorou muito! Em compensação, naquela época era comprido. Se eu pudesse juntar o comprimento de lá com o aspecto de hoje, seria perfeito.
A minha namorada, hoje, é bem melhor - infinitamente melhor - que a daquela época, mas esse não é bem o tipo de comparação feliz...
Minha relação com a minha irmã melhorou muito; comigo mesma, nem se fala. Com as "pessoas", também melhorou bastante. Por outro lado, tenho a impressão de que minha mãe gostava mais de mim lá do que atualmente. Hoje em dia ela é triste e rabugenta, e não gosto de pensar nisso, mas creio que o que eu fui é parte do que ela é hoje. O que me consola é que o que eu fui é produto do que ela foi antes. Óbvio que não é "culpa" dela... Além disso, são muitas variáveis envolvidas... Porque às vezes as coisas simplesmente acontecem, e a gente nem imagina onde vai dar. Seguindo a mesma lógica, não pode ser "culpa" minha o que ela se tornou. Me sinto orgulhosa por dizer isso, apesar de não acreditar, de fato, no que estou dizendo.
Incrivelmente, a relação com meu pai piorou. E eu que achava que não podia ficar pior. Pois é, ficou. Hoje em dia, ele sabe sobre mim muito mais do que devia, mas muito menos do que precisava. Tudo em mim ele vê como defeito e... Ok, isso não é novidade e não vou entrar nessa discussão agora. Mesmo porque eu posso estar sendo vigiada, e de todo modo, ele não entenderia qualquer coisa positiva que eu pudesse dizer (hipoteticamente... Ahahahaha!).
Estou muito mais corajosa pra algumas coisas, e muito menos pra outras. Bom, acho que ainda tenho coragem de me cortar, mas agora eu tenho opção. Hoje, tenho coragem de expor e defender meu ponto de vista. Mas preciso pensar no alcance disso. Tenho mais coragem de falar com as pessoas. \o/ Mais coragem para lidar com perdas e faltas, eu acho. Não estou muito certa... Por outro lado, nem sei se é falta de coragem, as eu não faço mais algumas coisas divertidas que eu fazia, e nã osei se voltarei a fazer, e não sei se é bom ou ruim.
A minha opinião sobre suicídio mudou um pouco. Um pouco. Acho que hoje eu tenho uma visão muito mais integrada de mim, da vida (a minha e as outras), do mundo (aqui me refiro às relações estabelecidas entre pessoas e pessoas, entre pessoas e o "meio externo" - na falta de uma expressão mais adequada). Hoje eu considero muito mais coisas quando penso no assunto. Por outro lado, se um dia eu decidir que chegou minha hora, a coisa vai ser feia, porque vai ser uma certeza, não vai ser aquele desespero de adolescente. E isso me assusta.
A forma como eu amo mudou muuuuuuito! Antes era um amor... verticalizado. Óbvio, não vou conseguir explicar o que eu quero dizer. Mas é assim: antes era aquela coisa extrema, violenta, eu vivia de "paixão", no sentido de sofrimento, aquela paixão que conduz à morte. Hoje eu ainda sou capaz de estar apaixonada, mas hoje eu vivo mais de "amor" que de "paixão". Isso é uma coisa mais adulta e mais promissora.
O prazer que eu sinto hoje também é qualitativamente diferente. Antes era - pausa: acho que consegui explicar o "amor verticalizado". Talvez não... - aquela coisa louca e intensa e quente e carnal e diabólica. Hoje é diabólico, mas é mais sublime, mais poético.
Sexo... Bom, isso me preocupa. Hoje em dia eu não confio no meu desempenho sexual nem um terço do que eu confiava antes. Mas agora podemos conversar. Ahahahaha!
Acho que até que eu sou bem afetiva, mas eu era mais intensa e mais lábil, talvez por isso hoje eu me veja um tanto distante de algumas coisas. Não é qualquer coisa que me impressiona hoje em dia.
Agora eu sei muito mais de Psicologia, e os planos são muito mais concretos! \o/
Coisa chata: acho que naquela época, eu tinha muito mais "força de vontade". Acho que preciso pensar sobre isso, o que mudou, por que eu perdi isso. Acho que, talvez, naquela época, algumas coisas tivessem mais valor. Explicação ruim. Acho que entendi: o que eu quis dizer é que, lá, eu tinha tão pouco, que lutava com unhas e dentes por qualquer migalha. E como eu acabei de dizer, hoje em dia, não é qualquer coisa que me impressiona e que me mobiliza. Boa observação. Agora preciso ver o que vou fazer com isso.
Uau! Senhorita CRB3! Ahahahaha! Nem vou dizer o que é, procura no Google!
Continuando: hoje em dia eu gosto de muito mais coisas: o "gostar-horizontalizado". Acho que agora o amor vertical faz mais sentido...
Acho que perdi a alma de artista... Super triste, isso. Pelo menos acho que ainda escrevo bem. Talvez não tão bonito, poético e tocante, como lá, mas ainda escrevo bem.
Algumas coisas eu não sei... Não sei se tenho mais ou menos paciência, medo... Ansiedade diminuiu. Não esta noite, mas em geral, diminuiu. Também não sei se a mudança que ocorreu foi "em mim" ou se só numa parte - a neuroquímica. Isso me faz ter aquele medo de parar de tomar remédio e voltar a ser infeliz. Como eu era, acho muito difícil voltar a ser. É como aquele exemplo: em condições "normais", depois que se aprende a ler, não tem como não saber mais ler. Acho que é bem parecido com isso. Mas pode ser que eu fique qualitativamente pior. Justamente por ter uma visão mais integrada e tal.
Uma coisa que tem me ajudado muito: as expressões "qualitativamente" e "horizontalmente". Aaaaah! É isso! Hoje em dia eu sou uma pessoa mais horizontal. É isso. A grande sacada não é a quantidade, nem tanto a intensidade, mas a qualidade das coisas, dos afetos, dos pensamentos e tudo. Estou "olhando para isso".
E devo confessar: acho que foi tão de repente... Só muito recentemente - muito mesmo! - me dei conta de tudo isso.
Não sei o que causou o quê, mas consegui tirar algumas pessoas patologizantes da minha vida e colocar algumas mais estruturantes. Óbvio, ainda tenho muita faxina pra fazer. Em todos os aspectos. Preciso de uma casaaaa!
Estou muito satisfeita com este texto. Não sei quem vai ler, mas com certeza minha garota vai e isso me faz mais feliz. O ruim é que eu não tenho mais nada a dizer - estou satisfeita, só isso -, mas queria muito continuar escrevendo, então talvez eu banque o Caio Fernando e comece a escrever sobre a vida real.
Coisa interessante de se notar: eu ainda tenho dificuldade em concluir meus escritos. E ainda fico atacando os pontos positivos. Bom, é isso.

***

Estava ouvindo "Dancing with myself"? Obrigada! Agora você entende mais ou menos como me sinto. Ou melhor, como me sentia enquanto escrevia esse texto. Agora, estou podre, com dor de cabeça, dor no corpo, depois de uma noite infernal, tendo conseguido dormir quase às SETEEEE da manhã...