segunda-feira, 5 de julho de 2010

Como eu ia dizendo...

(03/Julho/2010, à noite)
Acho que me arrependi do que disse sobre a mom...
Além disso, nem de longe essa imagem salva como "expressionismo.jpg" representa o que estou sentindo.
Acho que fiquei um tanto perturbada com certas coisas... Começarei pelo que deve ser menos relevante. Quero dizer, não quero que "isso" signifique grande coisa...
Aconteceu: she said to me: "X me escreveu" (ou algo equivalente), ao que eu SIMPLESMENTE respondi: "vagabundazinha" e então she said to me "Calma, cara Oo", e algo nessa combinação de me mandar ficar calma, me chamar de cara, mandar esse emoticon "Oo" e defender a vagabundazinha em questão, denunciando meu comportamento absolutamente... não sei a palavra. Irracional, desnecessário, desproporcional (essa é boa)... Enfim, isso mexeu demais comigo, tomou uma proporção descabida e agora dói como se...
É mais complexo que isso. O lance é que: a) NINGUÉM sabe por quê um reforçador positivo perde essa sua propriedade, e b) quando um estímulo (reforçador  positivo?), pareado com estímulos neutros, é seguido por um aversivo MUUUUITO aversivo, toda a contingência se torna aversiva, e quando isso ocorre com uma certa frequência INDEPENDENTEMENTE das respostas que eu emita (vamos proteger o meu "egozinho" frágil e sem talento), quando a punição vem sem que eu tenha controle algum, sem que eu possa evitá-la (dizendo assim parece menos dramático), isso cria uma condição de desamparo aprendido. Bom, Skinner e a Lívia e todos os analistas do comportamento me desculpem se eu estiver falando merda. O lance é o seguinte: alguns estímulos adquiriram propriedade aversiva e mei oque (é exatamente isso) sinalizam punição, e acho (só acho) que às vezes a gente arranja os meios mais bizarros de fugir ou se esquivar de TODA a situação aversiva. Generalizando, acho que até o tom meloso da minha voz era uma forma de esquiva.
Algumas coisas são muito frustrantes. Eu sou incompetente? burra? limitada? preguiçosa? Na época da depressão, eu facilmente colocaria um "e" no lugar da itnerrogação, ams poxa vida, eu não sou tão má assim, talvez eu só... não tenha repertório (q como? quando? eu vou ter?) e... eu posso melhorar... Mas ainda não falo francês, e ainda não sei de onde vem a esquizofrenia e o autismo, e não sei POR QUE um reforçador positivo PERDE seu valor reforçador (o negativo também, no caso do desamparo aprendido); Humbert Humbert, independentemente da minha vontade e dos meus anseios, não existe; não nasci Lolita, e não tem mais um fio sequer de ninfescência em mim. Eu ainda estou sujeita aos produtos de contingências velhas e purulentas. E ainda não tenho uma imagem para meu post. E por mais que eu estude análise do comportamento, SAIBA e ACEITE que o comportamento de Y é produto de controle aversivo (bem como o meu), não consigo afastar a ideia de que "coitada de mim, Y é mau, não presta, não tem jeito". Acontece que não há deus para mudar os elementos das contingências, e Y também não vai mudá-los, logo, estou certa.
Novamente, gostaria de agradecer ao fucking bastard que inventou o blog (acho que dizer "caderno" seria mais adequado), com todo seu poder catártico. Audiência não punitiva, psicanálise de merda. Adicione punições às minhas postagens e ACABOU-SE o poder de catarse do blog.
Minha irmã foi dormir brava comigo porque "eu não lhe dou atenção", do que eu discordo. Naturalmente, talvez eu não lhe dê tanta atenção quanto ela solicita, mas eu me esforço para que esta reclamação não seja validada.
Me arrependo de não ter anotado certas coisas. Me arrependo de uma série de coisas que passaram desfilando, agora, mas rapidamente, por minha "mente".
Lembrei que o que me faz me sentir burra não é não saber uma COISA, mas não saber um MODO DE SABER essa coisa.
Agora me bateu um medo estranho. Lembrei do que eu fiz com uma tela esses dias, e me deu medo de, de certa forma, acabar fazendo o mesmo com a minha vida. Ficou feio, então eu rabisquei tudo e joguei em cima do guarda-roupa. E tá lá e eu não vou mexer porque eu não quero olhar para aquilo.
Estranho como, depois de certo tempo, não achei graça em mais nada.
Me esgotei. Acho que fiz umas análises boas, interessantes e coerentes. Me sinto gasta e cansada. Vou parar de escrever, tomar um leite quente (com café solúvel, a invenção do século) e violar meu luto humbertiano com Skinner.
Sem comentário final engraçadinho, 
                                       a não H. H.

***
Agora sou eu, e hoje... =)
Bom, eu menti. Não tomei leite, tomei suco de goiaba, e não li Skinner, não li nada; eu fui dormir.
Acho que ainda ficou incompleta a "análise" (arrogante, isso)... Acontece que agora eu to tentando quebrar esse pareamento dos estímulos neutros com a situação aversiva... Óbvio que isso causa uma puta de uma ansiedade, mas vai valer a pena, creio eu.
Ganhei uma aliaaaança!!! *-*
Não quero mais falar... 
Beijo beijo.

***
Acho que é a primeira vez na minha vida inteira que eu finalizo um post decentemente.

Um comentário:

  1. Ah velho. Eu acho que você escreve mó bem. Sério. Só que eu não entendo nada desse tal de humbert. Desculpa. Um dia eu chego lá. E você não precisa ser perfeita, flor! Eu, você e todo mundo é incompetente, burro, limitado e preguiçoso... a única coisa que nos difere é a proporção e o ponto de vista! Pense bem nisso... Bjão

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